Recomendações para mutações BRCA

Vigilância e profilaxia, relativamente a portadoras saudáveis de mutações BRCA1 e BRCA2, ou mulheres sobreviventes de cancro da mama e/ou ovário hereditário

Critérios formulados na VI Reunião de Consenso Nacional de Cancro da Mama (Maio, 2008)
(tenha em atenção que podem vir a ser actualizados no futuro)


Vigilância


Vigilância mamária:

  • o exame clínico e os exames imagiológicos devem iniciar-se 5 a 10 anos antes da idade de diagnóstico do cancro da mama com aparecimento mais precoce na família, sendo obrigatório a partir dos 25 anos;
  • o exame clínico deve ter periodicidade semestral e os exames imagiológicos devem ter periodicidade anual;
  • os exames imagiológicos recomendados são a Ressonância Magnética e a Mamografia Digital; 
  • a RM deve ser realizada nas condições técnicas recomendadas internacionalmente e interpretada pelo mesmo médico radiologista que realiza a maografia;
  • a Ecografia mamária deve ser considerada como uma técnica complementar das anteriores;
  • devem existir condições técnicas para efectuar biópsias das lesões detectadas por RM, quando se justificarem; 
  • é desejável que os exames imagiológicos de vigilância sejam realizados em tempos próprios, que devem ser distintos dos alocados para os exames a realizar em mulheres com patologia.


Vigilância ginecológica:

  • deve iniciar-se a partir dos 35 anos, com periodicidade semestral, e incluir ecografia endovaginal com doppler a cores e doseamento sérico do CA 125,
  • estes critérios de vigilância mamária e ginecológica também se aplicam às sobreviventes de cancro da mama e/ ou ovário hereditário.



Profilaxia


Cirurgia profilática da mama e dos anexos uterinos:

  • as estratégias cirúrgicas redutoras de risco podem incluir a mastectomia e a salpingo-ooforectomia bilateral - cirurgia dos ovários e trompas de Falópio; esta pode ser considerada a partir dos 35 anos, em função do projecto reprodutivo; 
  • a mastectomia profilática reduz em 90-95% o risco de cancro da mama e a salpingo-ooforectomia bilateral reduz em 50% o risco de cancro da mama persistindo 4% de risco de desenvolver carcinoma seroso do peritoneu;
  • a decisão sobre a realização de cirurgia profilática cabe à mulher, após ter sido devidamente esclarecida dos riscos, benefícios e alternativas de vigilância e prevenção;
  • a técnica cirúrgica deve da mastectomia deve ser conservadora da pele, adequar-se às condições anatómicas do órgão e à vontade da doente;
  • a reconstrução mamária deve ser imediata, sempre que possível.
next close
Conheça... as brochuras sobre efeitos secundários da quimioterapia. Aprenda como minimizar náuseas e vómitos, ou a queda de cabelo. (ver)
Conheça... o interactivo "história familiar", permite construir uma representação gráfica sobre a história de cancro da mama na sua família. (ver)
Conheça... o interactivo "Agir para Prevenir!", que dá dicas personalizadas para diminuir o seu risco de cancro da mama, bem como de outras doenças. (ver)
Conheça... mais sobre a biologia do cancro: o que é uma mutação e o que promove estas alterações no DNA das células? (ver)
Conheça... o que é um cancro triplo negativo? beber, aumenta o risco de cancro da mama? como é a anatomia da mama? (ver)
Conheça... o que sabe sobre cancro da mama na família: complete o nosso quizz em 7 perguntas, com perguntas de "especialista". (ver)
Conheça... mais sobre o cancro da mama esporádico, e teste os seus próprios conhecimentos, através do nosso quizz em 7 perguntas. (ver)
Conheça... as particularidades do cancro da mama no homem: teste o seu próprio conhecimento no nosso quizz em 7 perguntas (ver)