Sub-classificações da patologia
O cancro colorretal é o resultado de diveras alterações ao código genético em células normais, que se tornam anómalas. O próprio processo de carcinogénese, promove novas alterações nas células tumorais que aumentam a sua diversidade.
Estas alterações genéticas associadas ao cancro (com o nome de mutações somáticas) só podem ser encontradas em células de cancro, e não em células normais (também não podem ser transmitidas de pais para filhos). Daí que a diversidade no tipo e características de um tumor colorretal só possa ser conhecida através de uma analise patológica ao tumor.
Legenda:
A observação das células ao microscópio permite determinar se um tumor é benigno ou maligno, mas também o seu grau (ou agressividade). A aplicação de testes bioquímicos específicos permite prever a evolução do tumor e a sua resposta a certos tratamentos (ex. cetuximab (Erbitux®) ou panitumumab (Vectibix®).
A recolha de uma amostra do tumor pode ser obtida por corte dum
pólipo ou de um fragmento de tecido durante uma colonoscopia, ou a
partir do próprio tumor extraído durante a cirurgia.
Sobre esta amostra, os patologistas conduzem então uma série de testes moleculares ao tumor para determinar que mutações específicas estão, ou não, presentes. Desta forma podem prever o comportamento do tumor, e como reagirá a determinados tratamentos. Ao mesmo tempo, a análise patológica é o único exame que permite determinar com certeza se um tumor é maligno, e qual o tipo de cancro que se desenvolveu.
Conheça mais sobre o grau do tumor
, uma classificação que pode encontrar em relatórios de patologia, bem como sobre testes a mutações
ou de instabilidade de microsatélites
.
K-ras, BRAF e MSI, apesar de não serem ainda análises de rotina, podem ser importantes se iniciar um tratamento por quimioterapia.